O Baidu Antivírus revelou na sexta-feira (25) que detectou uma vulnerabilidade no popular descompactadorWinRAR. O problema permite que vírus executáveis sejam escondidos em arquivos compactados, com extensões que os disfarçam como se fossem imagens ou filmes. É recomendada uma atualização urgente para nova versão do software 5.01, sem o erro apontado por desenvolvedores.
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A falha faz que que o vírus seja liberado assim que o arquivo for descompactado. Para o líder da equipe do Baidu Antivírus, Sam Dong, a vulnerabilidade é “muito perigosa”. "Mesmo as pessoas com experiência em tecnologia podem ser facilmente enganadas", alertou em comunicado.
O WinRar é um dos descompactadores de arquivos mais utilizados do mundo, instalado por milhões de pessoas. Segundo a Baidu, muitos destes usuários ainda possuem versões comprometidas do programa (4.0 em diante) e recomenda que ele seja atualizado para sua versão 5.01, que já corrigiu o problema. Uma versão segura e atualizada pode ser baixada no TechTudo Downloads.
O Baidu é uma empresa chinesa que desenvolve produtos para PC, web e dispositivos móveis, inclusive oBaidu Antivirus: um aplicativo de segurança gratuito para Windows que protege contra vírus, Cavalo de Tróia e programas maliciosos.
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Adolescentes são apreendidos por invadir sites da Nasa, Unesco e SSPEles têm de 15 a 17 anos, são estudantes e foram pegos após mandados. Grupo teria invadido 1.500 sites em um ano e tem membros em São Paulo
Quatro adolescentes com idades entre 15 e 17 anos foram apreendidos como integrantes do grupo "Slayers Brazil Hackteam", responsáveis pela invasão e desfiguração de cerca de 1.500 sites privados e governamentais do Brasil e de outras partes do mundo. A operação foi realizada, em Salvador, pelo Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME).
De acordo com o coordenador do GME, o delegado Charles Leão, no período de um ano, os adolescentes invadiram sites como os da Nasa, Unesco, Hyundai, Honda, Procon de São Paulo, Esportes Clubes Vitória e Bahia, do Partido dos Trabalhadores (PT) de Pernambuco e do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) da Bahia. Na lista, constam ainda os sites de patrocinadores oficiais da Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014, da Academia de Polícia Civil (Acadepol), da Associação de Delegados da Polícia Federal e das associações de Delegados de Polícia dos estados do Rio Grande do Norte, Santa Catarina e de São Paulo.
Para a polícia, o grupo apreendido atua em conjunto com hackers, em sua maioria residentes de cidades do nordeste do país e de São Paulo. O objetivo é utilizar os ataques como forma de protesto contra a Copa do Mundo no Brasil, segundo informa o delegado. "Eles invadiam os sites com o objetivo de protestar contra a Copa do Mundo. Eles sobrecarregavam os sites, fazendo com que eles caíssem ou então utilizavam imagens, músicas e vídeos para isso".
Ainda segundo o delegado, a polícia passou a investigar o grupo por conta da invasão ao site da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), em que foi inserida uma música de crítica àimagem da polícia.
"Tivemos conhecimento da atuação deles após invadirem o site da SSP. Percebemos que o grupo tinha sua atenção muito voltada para a Bahia e, investigando, chegamos a esses quatro, porém existem outros em São Paulo", disse o delegado.
Os adolescentes eram moradores de bairros periféricos da capital, como Vale das Pedrinhas e Pernambués, além de cidades na região metropolitana como Camaçari e Lauro de Freitas. Eles utilizavam computadores comuns para hackear os sites. Um deles é estudante de uma escola nobre de Salvador, os outros são matriculados em escolas públicas e são de famílias de baixa renda, o que, para o delegado, é um fato que chama a atenção.
De acordo com Charles Leão, os hackers foram apreendidos em casa, em cumprimento de mandado de busca e apreensão expedidos pela 14ª Vara Criminal. Eles foram levados para a delegacia acompanhados dos pais, que alegavam não ter conhecimento da prática à polícia. Os estudantes confessaram os crimes e, em seguida, foram liberados.
"Eles são muito jovens e autodidatas. Eles vão aprendendo uns com os outros e o que eles tentam provar é que não são formados em eletrônica, são mais novos, mais espertos e que conseguem invadir grandes sites. É uma questão de vaidade e de afirmação", comentou o delegado sobre o comportamento dos adolescentes.
Na casa dos adolescentes foram apreendidos computadores, HDs externos, pendrives e DVDs, material encaminhado para a perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Os quatro serão indiciados após inquérito, com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
De acordo com a polícia, outros hackers pertencentes ao mesmo grupo foram identificados e também serão ouvidos na sede do GME, no Complexo Policial dos Barris. Os responsáveis legais dos adolescentes poderão ser acionados civilmente pelas empresas donas dos sites invadidos e podem serem obrigados a pagar pelos danos causados. A polícia vai continuar com as investigações junto com autoridades de outros estados com o objetivo de desarticular outros membros do grupo.